09/06/2010

CANAL DO SERTÃO:como foram gastos R$ 37 milhões

Cada Minuto
Redação com informações da Revista Veja
Crédito: Semahr
Uma das obras mais controversas e emblemáticas da história de Alagoas e até mesmo da Região Nordeste o Canal do Sertão, que iria desviar as águas da Bacia do São Francisco para o interior alagoano na busca de alternativas para a seca, vem sendo apontado como uma dor de cabeça para o presidente Lula no embate que ele trava com o Tribunal de Contas da União (TCU)
A obra foi lembrada pela revista Veja em uma matéria que o semanário, que faz oposição sistemática ao presidente, defende a posição do TCU, que vem sendo criticado por Lula por estar “atrasando” as obras que contribuiriam, segundo ele, para o desenvolvimento do Brasil.
Na matéria o Canal do Sertão é classificado como uma “obra diferente” , Licitada em 1992, o canal só começou a ser construído dez anos depois e ao ter analisado os até agora R$ 245 milhões gastos foi descoberto R$ 37 milhões sem nenhuma justificativa, nenhuma mesmo.
A situação é tão grave que a construtora Queiroz Galvão, responsável pela obra, foi obrigada a assinar um seguro se responsabilizando a devolver o dinheiro. Ainda na matéria existe uma explicação do governo de Alagoas que por meio do secretário de Infra-Estrutura, Marcos Fireman, informa que o problema é que o TCU exige preços baixos demais, fora da realidade.
“Nosso serviço não se encaixa nesses balizadores, porque a obra é cheia de especificidades. O que fazemos aqui é diferente”, diz.
O que a matéria não diz é que desde 1992, ou seja há 27 anos que vários políticos, até presidentes como Lula, FHC e Itamar Franco, visitam a obra e fazem campanha explicando a importância da obra, que fora os quase R$ 300 milhões consumido ainda não trouxe benefícios para a população.