Desde o ano passado o governador Renan
Filho e o secretário de Estado da Educação e vice-governador Luciano Barbosa,
adotaram medidas diferenciadas no tratamento aos novos gestores das Gerências
Regionais de Ensino (GERES), ao empossarem com o critério de meritocracia, os
novos gestores. Considerado um novo olhar com as práticas corporativistas políticas
dos antigos e históricos governos, e nesse entendimento modelos que em parte construíram
resultados duvidosos em termos de qualidade da aprendizagem (Matemática e Português),
o modelo adotado rompe a prática de indicação política. De acordo com o
Secretário de Estado da Educação: “Por meio deste novo critério, valorizamos o
trabalho daqueles que deram exemplo em suas regiões. Aos gerentes regionais que
concluem o seu mandato, nossa gratidão, pois vocês sedimentaram uma cultura que
veio para ficar. Aos que começam hoje, saibam que vocês terão muitos desafios,
mas também terão todo o apoio da Seduc. E peço também que estreitem o laço com
as escolas, pois vocês serão a nossa representação em cada região e a vocês
confiamos as nossas crianças e jovens”, ( AGÊNCIA ALAGOAS- Disponível em : http:
// programacidadania.com.br/ governador-destaca-foco-na-melhora-do-ideb-na-posse-dos-novos-gerentes-de-ensino/).
Na minha análise, apesar de entender como uma medida pautada nas expectativas
de melhorar o Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB), uma vez que os
méritos foram pautados nos resultados/méritos dos gestores como diretores de
escola, ainda carece de estabelecer critérios mais razoáveis em termos de ações
objetivas concretas realizadas em suas gestões. A qualidade da aprendizagem
(Português e Matemática) é uma das muitas variáveis diretas e significativas do
processo sistemático pluridimensional da cadeia multifatorial da aprendizagem e
qualidade da educação. Nesta perspectiva uma análise da qualidade perpassa pela
construção histórica das metas e projeções construídas e nesse entendimento um
fator tem sido crucial, ‘a fragmentação’ (SILVA, 2016). Com isso, vejo como
razoável para o critério adotado, analisar o que de concreto e objetivo,
realizaram os gestores avaliados sob a ótica meritocrática para justificar suas
indicações, até porque o IDEB, em qualquer ano é resultado de uma construção
histórica (METAS E PROJEÇÕES). Lógico, com todo respeito às escolhas, torço que
a ‘moda pegue’ nas redes municipais, é no mínimo tomar uma nova direção para
modelos ultrapassados de gestão da educação. EDUCAÇÃO É TUDO.
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