PROFESSOR ALFABETIZADOR
É importante para compreensão da função do professor alfabetizador entender o quão complexo é o desafio da alfabetização plena. “A expressão alfabetização tem um significado ambíguo, pois muitas vezes fica confinada no âmbito dos componentes mais básicos e mecânicos de leitura que tecnicamente é chamado de reconhecimento de palavras” Emílio Sanches-professor de psicologia evolutiva e da educação na universidade de Salamanca(Espanha).(pág.13)Revista Pátio-Fev/Abril 2005.O professor Emílio no artigo, empregou o termo alfabetização como domínio da linguagem escrita e, portanto ,vinculado a capacidade de utilizar a leitura e a escrita como instrumento de comunicação com os demais e com nós mesmos. Pátio,2005. Diante disso, cabe ao professor alfabetizador introspectivamente refletir sobre tão complexa e importante a tarefa de promover o uso comunicativo dos textos, e de todo o resto; reflexão, compreensão, automatização, enfim, da promoção de experiências educadoras de natureza distintas, invariavelmente segmentadas para os conteúdos observáveis e em conformidade com o planejamento.Emília Ferreiro aponta que; “Ao ingressar na série onde começa a ocorrer o ensino sistemático das letras a criança já detém uma grande competência lingüística que não é considerada.” Construtivismo de Piaget a Emília Ferreiro- 3ª ed.1994. O que acontece ,no âmbito do ensino de alfabetização e séries iniciais do Distrito de Barrgem Leste, comunidade aonde observamos durante alguns anos esta relação de trabalho em educação, é que temos definido proposições sem uma análise profunda relativa ao processo sistemático de alfabetização. Precisamos tornar ou eleger a alfabetização como uma base de sustentação para o prosseguimento de uma vida escolar. Parece ambicioso alocar recursos e direcioná-los as séries iniciais. Mas é um fato, que não estamos conseguindo atingir aos objetivos propostos nos planejamentos de ensino, para a alfabetização ,e dói saber que estamos fomentando uma corrente de analfabetos. Em nossas escolas temos professores cada vez mais escravos da filosofia da “pedagogia do exemplo” ao contrário. Estamos incoerentemente tentando montar um quebra-cabeça faltando peças. Resta um compromisso maior de todos os educadores no sentido de restabelecer um redirecionamento para o entendimento da condução realista ao enfocar que o domínio da linguagem e escrita não são facilmente canalizáveis e, portanto precisamos enfrentar esta barreira. Segundo a educadora Argentina Dela Lerner “A participação na cultura escrita deverá começar muito antes de concluída a aprendizagem da própria escrita. As crianças cujos pais lêem histórias para elas ou que presenciam comentários sobre notícias de jornal está aprendendo muito sobre linguagem escrita. Nova Escola-Setembro, 2006 (pág. 13.) Pressupondo e refletindo que o professor alfabetizador sistematiza o domínio da linguagem escrita e utiliza-a como instrumento de comunicação,Celso Antunes defende: “Constitui insubstituível função do professor, trabalhando ou não com projetos,ser um decodificador de símbolos,isto é, um profissional que interpreta textos,analisa gráficos,explora mapas,perscruta fotografia, inventa ilustrações e ,enfim traz para o aluno as mensagens ocultas dos diferentes símbolos presentes nas múltiplas linguagens.”Um método para o ensino fundamental: o projeto.pág. 21-Editora Vozes.Petrópolis RJ-2001. vejo como incoerente o discurso prático que distancia o alfabetizando desta máxima,considerando que temos professores que apresentam dificuldades desta compreensão,até porque, precisamos ampliar a participação dos professores da rede municipal, distrito de barragem leste,nos cursos de graduação, e nas capacitações para que não mais usar este discursso onde se coloca o qualificado mínimo como referência negativa nos contextos acima.Temos pais que não acompanham atividades/tarefas,não tem compromisso com a educação dos seus e etc. Ainda assim, a prática da pedagogia do exemplo inversa está cada vez mais viva. Como promover a competência da leitura, sem que haja um respaldo,uma razão prática,demonstração, interesse e etc. de minha parte como pais responsáveis? Por outro lado, ainda temos socialmente camadas paupérrimas das comunidades que creditam apenas a escola à tarefa de criar e formar”,leitores.Nesta concepção, acreditar que é humanamente possível o professor,promover a aprendizagem dos alunos, considerando-o o responsável, principalmente pelos insucessos,seria uma grande injustiça.
José Ivann 2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Expresse aqui sua opinião , grato Ivann.